Ontem comentei o setor da saúde, em particular a saúde oral, num bloco informativo da RTP Informação.
Destaquei a necessidade de regulação dos seguros de saúde e a importância do Governo continuar a apostar no Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral, mais conhecido por cheque-dentista.
Outros assuntos da atualidade, como a crise económica na União Europeia, também foram abordados.
For english speakers: Interview with a Portuguese tv channel on oral health.
Concordo com a necessidade da tendência federativa da UE. Concordo com a necessidade de intervenções pró-activas de S. Ex.cia, o Sr Presidente da República.
No que respeita à Saúde Oral:
1 – As franjas são esquecidas. Há médicos dentistas que não se enquadram nas telas apresentadas. Quando não há capacidade para expor e resolver estes pequenos problemas, dificilmente se vencerão os grandes.
2 – O SNS, de facto, não está capaz de dar resposta às necessidades da população em Saúde Oral: os médicos dentistas que trabalham nos Centros de Saúde, na opiniâo dos juristas, desenvolvem funções ilegais, atendendo ao lugar que ocupam. Os concursos que têm vindo a público poderão estar feridos de nulidade pela mesma razão. Meros problemas burocráticos.
3 – Os médicos dentistas que trabalham no SNS estão impedidos de passar receitas ou de pedir exames complementares de diagnóstico, porque não têm acesso ao sistema informático. É necessário pedirem aos médicos de família que façam o favor de passar estas coisas, caso algum doente delas necessite.
4 – Não se cobram taxas moderadoras aos doentes que acedam à consulta de medicina dentária (porque não há acesso aos meios informáticos), logo, não poderá haver aquela responsabilização de que fala o Bastonário.
5 – Não há agendamento electrónico para os médicos dentistas, nem acesso ao processo clinico do paciente. Tudo tem de ser feito manualmente.
6 – Há 10 anos que ando a repetir-me sem que consiga ser ouvido. Não sei se deva considerar patológica a minha mania, se a surdez dos outros. Certo é que os médicos dentistas continuam a ser asfixiados dentro do SNS, sem que isso incomode quem deveria incomodar-se.